terça-feira, 27 de setembro de 2011

- O meu corpo dói, a minha mente também, sinto uma imensa vontade de ficar na cama por mais tempo, sinto falta de algo, e de repente tenho crises de riso daquelas até chorar! Então percebo que um tênue fio de sanidade me separam da loucura!
Mas não seria sanidade notar que estou quase insana? Nem sempre posso dizer isso de mim mesma, e o que é se não humano ser insanamente louca, ou sensatamente louca?
Até que ponto poderia eu mesma me considerar sensata se não louca? E será que essas crises de riso não seria o primeiro passo para a insanidade? Alguém notaria se eu loucamente louca me tornasse uma humanamente louca? Ou teria eu que viver mergulhada nessa insanidade?
Também me pergunto o que teria me levado a tais pensamentos, se a sociedade muito moderna de hoje não provoca a insanidade mental de muito como vem me provocando, se não é loucura real, mas sensato querer fujir dessas condições a que as vezes me encontro.
Não seria eu certa se não quisesse mais lutar pelos padrões normais de vida? E quem disse que são normais esses padrões? Desde quando eu não posso ditar minhas próprias regras?
Se eu não meter forçadamente alguém mais a ponto de lhe prejudicar, nessa minha insensatez em que vivo, seria eu permitida a viver em tais regras?
Julgo-me com poderes mentais sensatos para decidir o que quero ser, onde quero ser, e quando eu quero ser, não admito que me digam quem eu seja, o que faça, ou quando faça. Desde que a minha loucura não impeça você de viver dentro dos padrões a que você queira viver, não se meta com os meus padrões, viva e deixe viver!
Eu sou louca sim, pois vivo inserida num mundo de sensatos que não merecem a minha lucidez!

Tatiane Machado