terça-feira, 26 de julho de 2011

Quanto mais me perco em mim, eu encontro você!

Eu ainda não sei o quanto eu gosto de me perder, mas sei que tenho feito isso com frequência, ultimamente tenho sonhado com você quase todos os dias, deve ser por isso que tenho dormido tão tarde, eu estou tentando voltar a realidade, a minha realidade. Sinto que não deveria me perder tanto em mim, sinto que deveria ter os pés mais no chão, para evitar o retorno de algo que um dia foi doloroso! Mas como posso saber se será novamente doloroso se não viver o que virá?
Naquela noite que nos vimos, foi bem nítido, achei que voltaria novamente, mas até agora nada, noto que ando perdida em pensamentos, sonhos, confusões feitas por mim mesma, será?! Tudo continuava como antes, seu cheiro, seus trejeitos, seu sorriso torto, aquele seu toque continua o mesmo, como é que eu posso fugir disso, e não querer de volta? Se foi tudo que eu sempre quis um dia? Eu estou viciada em você, e ainda ontem, notei que sou uma louca, estou louca, estou loucamente apaixonada por você de novo, e não entendo como pode ser, se estamos a tanto tempo afastados, isso está virando uma obsessão, eu acordo pensando em você, passo o dia inteiro com você no pensamento, passo a noite pensando em você, e consigo lhe ver nos sonhos, te sentir de novo é tão bom! Já fazem quatro anos que nos conhecemos, e dois que você foi embora, e eu ainda ano com você em mim sempre, tá errado isso, eu sei que está a minha razão diz que você precisa ir, mas meu coração não quer deixar.
Eu tenho andado perdida em meus devaneios, em minhas loucuras e travessuras, incluindo você em todas elas, e quanto mais me perco em mim, encontro você, eu não quero, não posso, e não consigo mais viver sem você, e não sei como te dizer sem te assustar, guardando todas essas coisas, e com medo de deixar escapar com tanta urgência e acabar estourando. Eu vou ficar aqui amor com um sorriso calmo no rosto, de coração aberto e tranquilo, sem deixar que nada nem ninguém impeça o que irá acontecer, não volte muito tarde ou me encontrará pior ainda, mais inclusa na minha loucura!

Tatiane Machado

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quando foi que parou de ser divertida?

Porque será que quando somos ainda jovens nos arriscamos, a vida gira em torno da procura e da diversão, ai você cresce e aprende que precisa ser cautelosa. Pode quebrar um osso ou um coração, você olha antes de saltar, pois nem sempre tem alguém para amparar sua queda. Na vida não há redes de segurança, por isso é que sentimos tanto medo em pular de olhos fechados. E esse medo de vivenciar essas novas aventuras, será que um dia acaba? Ou será que depois que ficamos mais "crescidas" não perderemos nunca mais esse medo?
Depois de novas experiências, estou falando das mau sucedidas, acho que todas pois se fosse bem sucedida não estaria escrevendo desse modo, será que depois dessas experiências, ainda seremos capaz de abrir o coração para mais uma aventura? Quando aparece uma oportunidade a primeira coisa que penso, é no trabalho que vai dar começar, conhecer, sair, se apaixonar, e depois não vai dá certo, melhor nem começar pra não ficar magoada de novo, e será que essa magoa um dia passa, ou simplesmente mentimos para nós mesma que passou? Depois de tantas magoas nem uma boa noite de sono para curar tudo que viveu, várias noites mau dormidas, é o que acontece, a mente vive em um constante turbilhão de emoções, raiva, saudade, ódio, amor, rancor.
Me disseram que é preciso quebrar a cara para aprender, e por muito tempo levei isso em consideração, mas até quando preciso quebrar a cara? Não já foi o suficiente o que quebrei? será que preciso quebrar mais que a cara? o coração tá repicado, os sentimentos nem são mais os mesmo, e olhe que disfarço muito bem isso, na verdade cansei dessa busca incessante do que preciso, e nem tenho certeza de tudo que preciso, só sei que não quero mais ter muitas coisas que tenho hoje, sei que preciso me desprender, vou andando devagar, agora que estou crescida noto que não preciso mais de pressa, pois aprendi que ter não é tão relevante quanto ser, ser alguém, ser amada, ser eu mesma, ser amiga é mais verdadeiro.

Tatiane Machado

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dois anos depois quase nada mudou

Siiim, mudaram sim as estações, mas aqui quase nada mudou, porém eu sei que alguma coisa aconteceu, dois anos depois eu ainda sou eu mesma, o revestimento continua o mesmo, com algumas poucas mudanças, mas a mulher que me tornei as vezes nem eu mesma reconheço, superior a várias coisas, com um passado ainda presente, um futuro que sonho todos os dias, uma eterna menina, muleca, criança, mas com as curvas produzidas em mim pela vida, pelo tempo, por todas as experiências vividas, malditas ou bem vindas.
Noto como é duro se tornar adulta, em alguns momentos ser eu mesma, mas ainda sim dura, fria, calculista, cínica, e ao mesmo tempo, intensa, livre, leve, liberta, alegre, de uma inconstância que as vezes me assusta, e jogada tão forte tão logo na realidade da responsabilidade. Porque meu Deus, porque o tempo passa e não leva tudo de vez, porque esse sentimento não vai embora com todo esse tempo? Permanece grudado agarrado em mim, feito uma tatuagem fixa, feito uma segunda pele, colada, e sempre por mais que eu pense que se foi, quando menos espero está ali, me esnobando, esfregando na minha cara o que muitas vezes não quero ver, eu ainda não esqueci você.
Quando te vejo sinto novamente aquele tremor, o nervoso de só poder te ver, de longe, sim de longe, sem poder tocar, sentir, ouvir, e aqueles seus olhos parecem querer me explicar algo, parecem querer ouvir algo, a minha vontade é de gritar, de correr, de fugir, de me esconder feito uma criancinha com medo do escuro, e foi isso não é mesmo o que você deixou? Um escuro, breu, gélido, sombrio, assustador.
Aqui estou eu amor, com um sorriso calmo nos lábios, um coração que bate frenético, e o único sintoma disso é o meu rosto vermelho quando te vejo. Mas deixe quieto amor, eu não vou tentar correr atrás disto, se você tiver que ser meu um dia, será.

Tatiane Machado